Sessão 6


O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO: METODOLOGIAS E OPERACIONALIZAÇÃO - PARTE II



REFLEXÃO SESSÃO 6

Na sexta sessão da Formação continuámos a ocuparmo-nos da operacionalização do MAABE. Depois de na sessão anterior termos elaborado um plano de avaliação para um dos Subdomínios que nos foram indicados; no meu caso trabalhei para o subdomínio C.1; desta vez debruçamo-nos sobre a questão das evidências e instrumentos onde se pode fazer a recolha, pois sem dúvida que “ Uma das actividades mais importantes da aplicação do MAABE consiste, deste modo, em saber identificar os instrumentos de recolha de evidências adequados e extrair desses instrumentos a informação (evidências) que melhor esclarece o trabalho e os resultados alcançados pela Biblioteca em relação com este ou aquele indicador ou conjunto de indicadores.” Texto e Guia da Sessão.
Na minha opinião devíamos ter-nos debruçado sobre o Subdomínio para o qual elaborámos o  plano de avaliação; pois no meu caso trabalhei para o Subdomínio C.1 e nesta sessão tive que me debruçar sobre o Subdomínio A.2, seria mais produtivo ter continuado o trabalho em relação ao Subdomínio escolhido; especialmente nas actividades 1 e 3. Embora no Texto e Guia de Actividades da Sessão se refira a impossibilidade de desenvolver um exercício prático em todos os domínios que compõem o Modelo, penso que esta é uma questão a ponderar em situações futuras.
Para a recolha de evidências podemos utilizar diversas fontes; por um lado temos documentos com grande valor informativo e testemunhal, de carácter textual ou quantitativo, onde se encaixam todos os documentos de gestão e documentos pedagógicos da Escola/Agrupamento, assim como os documentos de gestão, funcionamento e dinamização da BE. De outro lado temos um conjunto de instrumentos de recolha de dados, propositadamente construídos para a avaliação das BE no contexto do MAABE: Questionários a alunos, professores e encarregados de educação, Grelhas de observação de competências e Grelhas de análise de trabalhos escolares. Foi sobre estes últimos que decorreu a actividade da sessão tendo em conta que os documentos referidos em primeiro lugar são diversos e heterogéneos e devem ser analisados no contexto de cada Escola/Agrupamento.
Com a aplicação destes instrumentos de recolha de dados também se pretende adquirir alguma uniformização relativamente à informação recolhida, para possibilitar o posterior benchmarking externo entre escolas; devendo no entanto a sua aplicação respeitar a realidade de cada escola.
Temos então os questionários que são uma das formas mais comuns de recolha de informação, que depois de devidamente analisada permite a comparação; as grelhas de observação, que na minha opinião são complexas e pouco adequadas ao 1ºCiclo, são no entanto “um poderoso método de recolha de evidências que os outros instrumentos não permitem obter, por exemplo, ao nível da avaliação da proficiência, comportamentos e atitudes na execução de uma determinada tarefa.” in  Texto “O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: Metodologias de Operacionalização (Parte I)”.  A observação deve contemplar vários alunos dos vários anos de escolaridade e deve incidir num número limitado de aspectos, se pretendermos um quadro mais representativo devemos recolher dados, por exemplo, uma vez por mês; se o nosso objectivo for obter uma visão mais profunda de terminados aspectos, devemos fazer as observações num curto espaço de tempo. Desta bateria de instrumentos fazem parte também as grelhas de análise de trabalhos dos alunos, que também deve abarcar os vários anos de escolaridade e “é uma importante técnica de avaliação das aprendizagens facilitadas pela Biblioteca Escolar, por se poder constituir como uma forma directa de “authentic assessment” do desempenho dos alunos, em complemento de outros resultados (por exemplo, obtidos em testes, exames, etc.).” in  Texto “O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: Metodologias de Operacionalização (Parte I)”. Se esta análise for realizada ao longo do ano, permite avaliar os progressos realizados pelo aluno, numa determinada competência.
A informação que se vai retirar de cada instrumento, independentemente da natureza de cada um, tem que resultar do cruzamento com os factores críticos de sucesso, indicados para cada Domínio/Subdomínio, pois só assim é possível verificar quais as práticas que estão a resultar e qual o nível de cada uma.
Para finalizar o processo temos “ O Relatório de Auto-Avaliação é o documento onde, após a recolha de todos os dados, se registam as Evidências derivadas deste processo de análise e interpretação da informação recolhida.” In   Texto e Guia da Sessão.
A operacionalização do MAABE não deve representar uma sobrecarga de trabalho para o professor bibliotecário e a sua equipa, devemos integrar progressivamente a prática sistemática de recolha de evidências na rotina da BE; todavia a aplicação do modelo é um processo exigente, que requer empenho e dedicação.
Apesar de já ter aplicado o MAABE, esta formação permite-me aprofundar o meu conhecimento do modelo, levando-me a reflectir sobre os aspectos que devem ser melhorados.

Gracinda Silva.