Sessão 4


O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO NO CONTEXTO DE ESCOLA/AGRUPAMENTO



REFLEXÃO DA SESSÃO 4
Nesta sessão que tinha como objectivos: entender as ligações do processo de auto-avaliação à escola; perspectivar a gestão da informação e o processo de comunicação com a escola/ agrupamento e perceber o papel e a necessidade de liderança por parte do professor coordenador; de entre as propostas de trabalho apresentadas optei pela elaboração de um Power-point de apresentação do MAABE à Escola, que no meu caso não vou utilizar no Conselho Pedagógico, uma vez que já foi aí apresentado, mas irei utilizá-lo no Workshop Formativo que planifiquei na sessão anterior. Considero positivo o facto de a minha apresentação ter gerado nos colegas alguma contestação, não pelo conteúdo, mas sim pela dinâmica e cores utilizadas, pelo que anexo os comentários construtivos de todos.
Uma vez que não participei nas restantes tarefas gostaria de complementar o meu blog com o contributo do colega Abílio Pires, relativo ao Trabalho 1, onde se solicitava aos formandos que com base no MAABE se fizesse uma análise à BE, se identificassem pontos fortes e pontos fracos e posteriormente se definisse o domínio a avaliar; já em relação ao Trabalho 2, em que era pedido aos formandos que com recurso ao Modelo e ao texto da sessão elencassem os factores implicados no sucesso da BE na sua relação com a escola em cada um dos níveis indicados, optei pelo trabalho da colega Teresa Aurora que também coloco no meu blogue e ao qual fiz o comentário solicitado na sessão. Os trabalhos dos colegas contribuem acima de tudo para a minha auto-formação e enriquecimento pessoal.
A temática abordada incidia na implementação do MAABE no contexto escolar. As organizações e Associações internacionais comprovam a ligação existente entre a BE, a escola e o sucesso educativo dos alunos. As mesmas definem inclusivamente a BE “como núcleo de trabalho e aprendizagem ao serviço da escola”; todavia não se pode isolar a BE do contexto em que está envolvida, está dependente de outros sistemas externos, com os quais interage. Neste sentido são factores condicionantes do papel da BE na escola, o reconhecimento por parte do órgão directivo, a cultura de escola, a forma como o currículo está organizado, assim como as práticas utilizadas no ensino/aprendizagem. Do tipo de relação que se estabelece entre a escola e a BE depende o seu sucesso.
No contexto actual da sociedade do conhecimento e da informação é importante que o professor bibliotecário e a sua equipa consigam gerir a mudança; é preciso mudar e reorientar as práticas, afastarmo-nos do conceito de BE que disponibiliza serviços, para uma BE articulada com o currículo, que vem reforçar a importância do seu papel no processo de ensino/aprendizagem e no desenvolvimento de competências de aprendizagem ao longo da vida.
Ao professor bibliotecário exige-se, tal como anteriormente referido um papel de liderança, precisa envolver todos em redor do MAABE, não só o Director que tem um papel relevante neste processo, pois o seu poder assim lhe permite, mas também os restantes elementos da comunidade educativa; é preciso fazê-los acreditar, para que se sintam realmente envolvidos. Não existem dúvidas que do reconhecimento da BE pelo Director, depende a sua inclusão na cultura de escola e na articulação com os colegas, no processo de ensino e aprendizagem dos alunos.
Portanto, desde o primeiro passo de implementação do modelo com a selecção do domínio, até à comunicação dos resultados finais e elaboração do plano de melhoria, a Direcção da escola e Conselho Pedagógico devem estar directamente envolvidos, para desta forma se responsabilizarem pelo processo. Quanto aos restantes elementos da comunidade educativa devem ser informados de todo o processo, com a indicação da calendarização, para que também possam acompanhar o seu desenvolvimento;  visto que  os docentes titulares de turma, os alunos, e os encarregados de educação, em determinados domínios – B e C, estão também directamente envolvidos.
Portanto, a BE tem que estar integrada nos diferentes documentos estruturantes da escola e a sua auto-avaliação deverá articular-se com a avaliação da escola, devendo depois uma síntese integrar o relatório de avaliação externa das escolas.
Na minha escola e, sem dúvida, devido ao contexto em que está inserida, a BE funciona como núcleo da grande parte das actividades desenvolvidas na escola, falta-nos conseguir que se torne num verdadeiro núcleo de aprendizagem, é para isso que estamos a trabalhar, mas temos que primeiro mudar algumas práticas centradas na sala de aula.
Para concluir referir que, apesar de aplicado de forma experimental, o MAABE foi muito bem aceite na minha escola e já se começam a ver resultados das acções desenvolvidas após a realização da primeira auto-avaliação, que incidiu no domínio A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular.
Gracinda Silva.