Sessão 5


O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO: METODOLOGIAS E OPERACIONALIZAÇÃO - PARTE I



REFLEXÃO SESSÃO 5
Esta quinta sessão foi de trabalho efectivo com o MAABE, em que para escolhermos o domínio a trabalhar e pudermos concretizar o que nos era solicitado pelas formadoras, precisámos de manusear e analisar detalhadamente o modelo. De entre as propostas apresentadas optei por incidir o meu plano de avaliação sobre o sub-domínio C.1, uma vez que este ano estamos a avaliar o Domínio C.Projectos, parcerias e actividades livres e de abertura à comunidade; tendo nos anos lectivos anteriores avaliado respectivamente o Domínio A. Apoio ao desenvolvimento curricular e o Domínio B.Leitura e literacia. Tal como já referi anteriormente trabalho numa escola de 1ºciclo de um Agrupamento horizontal, mas aplicámos o modelo pois considerámos que era um instrumento pertinente e de mais-valia para a nossa BE.
Após a leitura dos documentos da sessão, a elaboração do trabalho e todo o percurso percorrido até aqui, quero fazer algumas pequenas considerações:
A Auto-avaliação da BE deve ser encarada como um processo de reflexão e de melhoria do seu desempenho; processo de envolvimento e potenciador do empenho e colaboração de toda a escola, na procura da melhoria dos serviços e potencialidades da BE; processo regulador da qualidade e eficiência do trabalho e dos serviços prestados; processo pedagógico, inerente à prática da Biblioteca Escolar e do Professor Bibliotecário.
A Auto-Avaliação da BE permite ajudar a promover a BE, no sentido em que ao divulgar a sua acção contribui para a sua afirmação e reconhecimento na escola, e também a nível local, nacional e institucional, e também permite o benchmarking externo em vários aspectos, dando um contributo importante para a identificação de boas práticas e divulgação das mesmas; para além disso, ajuda a preparar a visita da Inspecção e a avaliação externa; permite ainda encorajar a utilização da BE, ao demonstrar junto do corpo docente quais as suas potencialidades, não só em termos de disponibilização de recursos, mas também na forma como pode ser utilizada na articulação curricular, e desta forma, contribuir directamente para os resultados escolares dos alunos.
A Auto-avaliação da BE pode ajudar a melhorar a BE, pois ao identificar pontos fortes e pontos fracos, permite estabelecer prioridades que fundamentam a elaboração do plano de melhoria; fornece também um contributo muito importante no aspecto orçamental ao identificar as necessidades de investimento, fundamenta a necessidade de alteração de algumas práticas de trabalho e de funcionamento.
Pretende-se portanto que a Auto-avaliação se torne num processo comum às práticas de auto-avaliação interna das escolas/agrupamentos; de tal forma que Relatório de Auto-avaliação da B, deverá estar incluído no Relatório de Avaliação Interna da escola/agrupamento e com peso na avaliação externa realizada pelo IGE.
No entanto, a implementação do modelo debate-se com vários desafios, dos quais quero realçar o que se relaciona com a avaliação do impacto da BE nos seus utilizadores, pelo que é importante que os objectivos definidos para/pela BE sejam claros e concretos, se identifiquem os objectivos de aprendizagem dos alunos relacionados com a BE, se estabeleçam os indicadores adequados às aprendizagens, se proceda a uma recolha de evidências adequadas com dados quantitativos e qualitativos, e por fim se assegure a realização do processo de recolha, tratamento, análise e comunicação dos dados; no Conselho Pedagógico.
Todo este processo exige uma planificação adequada e estruturada, ao qual o plano de avaliação que nos foi proposto realizar nesta sessão,  deu um contributo muito positivo.
Desta sessão fazia parte ainda um Fórum onde podíamos colocar questões relacionadas com esta fase de operacionalização do modelo, para o qual dei o meu contributo, apresentando as minhas questões e tentando colaborar com as questões dos colegas. Concluo que as dúvidas existem e são semelhantes, mas com a progressiva implementação do modelo nas várias escolas, as mesmas irão ser superadas. Não quero terminar sem referir a relevância do professor bibliotecário neste processo, sem dúvida ambicioso e complexo.

Gracinda Silva.